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A DESCOBERTA

DE MONUMENTOS MEGALÍTICOS NO MORRO DA GALHETA

Os monumentos da Trilha Dólmen da Oração são muito antigos, mas sua descoberta recente confunde-se com a história de Adnir Ramos.  Saiba como a vida transformou Adnir de pescador a um estudioso da arqueostronomia, e como, contra as probabilidades, conseguiu reconhecer a presença de povos antepassados no mesmo solo onde cresceu.

ADNIR, O GUARDIÃO

O ENCANTO DA ARTE RUPESTRE

Adnir nasceu na beira do Canal da Barra da Lagoa, onde já aos seis anos, aprendeu a confeccionar tarrafas (redes de pesca) com sua mãe e a pescar com seu pai. Trabalhou toda a infância e adolescência pescando e vendendo siri, camarão e peixe para ajudar no orçamento familiar. Como filho mais velho de 11 irmãos, sentiu a obrigação de ajudar seus amorosos pais e irmãos.

Deixou a escola e, aos 18 anos, entrou na pesca industrial, para logo perceber a natureza predatória deste trabalho. Seu amor pela natureza mostrou-se maior, então investiu em outros trabalhos e voltou a estudar. Depois disso, fez um curso de motorista de pesca, mas o destino falou mais alto: a convite do amigo Franzé, saiu para uma jornada de pesca submarina por 2 anos.

“No primeiro dia que saímos para pesca, paramos na frente da Pedra do Frade na Ponta da Galheta, onde tive meu primeiro contato com a arte rupestre do litoral catarinense. O antropólogo Edmar havia passado giz nas gravuras e elas estavam bem visíveis na minha frente. Que momento memorável, perguntei para meu amigo Fernando Muniz: O que elas significam? Quem as gravou? Quando? Na falta dessas respostas, pensei silenciosamente: vou voltar a estudar e vou interpretar essas gravuras nem que eu tenha que ler todos os livros do mundo.”

Foi então que decidiu formar-se em Biblioteconomia com o objetivo de trabalhar em uma biblioteca de arqueologia. Mas tal qual um relógio, dois anos depois, outro momento deixaria clara a sua missão. De volta à Pedra do Frade, voltando do mar no amanhecer do solstício de inverno, Adnir observou que o sol estava alinhado a duas pontas das pedras que compõem o conjunto Pedra do Frade.

UM ACHADO ANCESTRAL NO FUNDO DE CASA

“Naquele instante senti outra janela abrir-se em minha mente a partir do céu: eu estava diante de um Cronômetro do Tempos.

 

Um mês depois, sentado na frente da minha barraca, no sopé do Morro da Galheta, a lua cheia nasceu no meio de duas Pedras grandes no topo do morro. Logo percebi a relação com outros blocos graníticos fora da posição geográfica normal que sempre me chamaram a atenção.

 

Descobri então uma plataforma de observação arqueoastronômica no fundo de nossa casa, onde minha mãe secava café. Logo depois, descobri em meio à vegetação no cimo do morro, uma mesa de pedra que nomeei Dólmen da Oração.”

13 anos se passaram, quando em 28 de junho de 2001, Adnir resolveu subir o morro com um facão e uma foice e abrir uma trilha na propriedade de sua família para levar os interessados em conhecer a mais recente descoberta na ilha de Santa Catarina. Gradativamente a trilha foi ganhando reconhecimento a mediada em que fomos reunindo pessoas para acompanhar os solstícios e equinócios no Dólmen da Oração e no Observatório Pedra Virada, onde a lua havia contado a Adnir o segredo do tempo.

Atualmente a trilha do Dólmen da oração é a mais famosa da ilha de Santa Catarina e a única trilha arqueoastronômica do Brasil.

ASSIM NASCEU 
A TRILHA

“Hoje luto com todo ímpeto para defender o que ainda não foi reconhecido: os misteriosos monumentos megalíticos do litoral catarinense”.

O geólogo Vieira da Rosa comenta sobre tais monumentos em 1918: 

“Da Barra de Itajaí ao Farol de Santa Mara em Laguna e estendendo-se para o interior das terras existem pedras sobrepostas a outras que não tem como explicar a natureza delas.”

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VISITE A TRILHA E COLABORE COM O PROJETO

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Somos imensamente gratos aos que compreendem todo o nosso esforço para manter a trilha limpa e cuidada, a pesquisa e a sacralidade desse lugar e decidem entrar pela trilha oficial mantida em parceria com o Instituto Multidisciplinar de Meio Ambiente e Arqueoastronomia – IMMA. 


Vocês que contribuem com esse projeto são nossa fonte de motivação e esperança.

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